O frio na diáspora
Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul Campestre sempre quis comprar umas botas de inverno, mas sua economia é tão precária apesar de seus três trabalhos. As imagina, se vê com as botas postas cobrindo seus pés das temperaturas abaixo de zero. A roupa de inverno é cara e as botas muito mais, ter roupa de inverno é uma opulência para um migrante indocumentado como Campestre, de 76 anos, sem direitos trabalhistas. Quisera uma chumpa[1] e umas luvas forradas, também uma calça, a roupa que usa para trabalhar não o ajuda com o frio, é a mesma roupa de verão. Então…