A janta
Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul Fidelio se detém e descansa junto ao carrinho de sorvetes, tem bolhas nas plantas dos pés, seus sapatos mal têm sola. Percorreu grande parte da cidade desde às sete da manhã, logo será de noite. Não foi um dia bom, não conseguiu vender nem um terço da mercadoria, assim acontece nos dias em que começa o outono e o clima muda de repente. Nunca imaginou que o Norte seria isso, empurrar um carrinho de sorvetes desde a primavera até o outono e suplicar que lhe comprem o produto, como suplicou em sua natal…