Com Xiomara Castro, Honduras renasce após anos de violações, humilhação e violência institucional

Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul Doeram muito as humilhações sofridas pelos migrantes centro-americanos indocumentados que tratam de atravessar o México para chegar aos Estados Unidos, buscando pôr-se a salvo da violência institucional do narco-estado no caso da Guatemala, El Salvador e Honduras. O famoso triângulo norte de que tanto falam os políticos no discurso das empresas transnacionais que em troca de uma migalha que lançam desde a rede onde se balançam, plácidos e felizes, levam as entranhas da terra que estão secando, porque não é sua, é a dos povos manchados há séculos. Povos infestados de corrupção,…

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Reflexo de seu governo, Guatemala se tornou um país corrompido desde o alicerce até o telhado

Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul Como se fosse pouco viver com um Narco-Estado, que violenta com polícia e exército, por ar, mar e terra e que impõe toque de recolher e estado de sítio às populações originárias que lutam defendendo suas terras e os recursos naturais das empresas mineiras estrangeiras que chegam para roubar as estranhas das montanhas; e que no processo realizam ecocídios com a autorização desses bandos criminosos que da poltrona do governo que, além do mais, é corrupto, racista, misógino, homofóbico e sumamente machista e patriarcal, a população guatemalteca violenta a si mesma.  Um…

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A chegada da aurora na vida de quem sempre confrontou o sistema: não tem sido fácil, mas sigo

Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul Os últimos três anos do curso primário, a hora de recreio eu passei com orelhas de burro, olhando para a parede na diretoria do colégio. Foi meu castigo em absolutamente todos os recreios, não houve um só que eu pudesse desfrutar. Sempre desejei mais, ansiei mais do que minhas circunstâncias de vida permitiram, sempre sonhei com a liberdade e a equidade desde pequena. Então fui uma menina tremenda, que saiu da norma, cheia de energia, que acreditava ser uma cabrita a mais da manada que pastoreava que nunca chegou ao rebanho. Nos…

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Silêncio de humanistas matam povos indígenas da mesma forma que a violência governamental

Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul Sempre nos disseram, geração após geração, desde tempos pós ditaduras que em boca fechada não entram moscas, por isso é que somos tão descarados, porque não se trata do medo pelos que viveram nossos avós nas ditaduras, mas sim de olhar para outro lado quando a violência é vivida pelos povos originários que sempre foram vistos como garçons ao serviço dos mestiços urbanos. Os mais golpeados, os empobrecidos, os explorados até a morte, os assassinados em massa. Se há gente que foi violentada na história latino-americana, são os povos originários que sobreviveram…

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“Humanistas” criticam EUA, mas se calam sobre situação dos negros na América Latina

Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul Na Guatemala, por exemplo, um pequeno curral onde pululam racistas, classistas, xenófobos, homofóbicos e corruptos, ser negro é pior que ser indígena; o negro está no último lugar não só das classes sociais, também dos direitos humanos. Ninguém quer ter um amigo negro, um empregador negro, um docente negro, uma esposa negra, filhos negros. E embora pareça incrível porque os povos indígenas também foram explorados e excluídos, eles tampouco querem relacionar-se com os negros. Isso seria impensável!  Os negros só servem para uma coisa, morrem por ter um amante negro, mas jamais…

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